A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação para desarticular uma organização criminosa voltada para cooptar pessoas para alistamento eleitoral ou mudança de domicílio eleitoral do bairro de Santa Cruz para Itaguaí, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (3).
Policiais federais cumprem seis mandados de busca e apreensão. A Justiça também determinou o sequestro de bens e valores incompatíveis com a renda do investigado.
Uma candidata a vereadora é alvo. A CNN apurou que trata-se da candidata Elisa Giovanna (Podemos), presidente municipal do partido. Os agentes realizaram buscas nos locais de apoio da campanha. Material dela foi apreendido.
A CNN tenta contato com a defesa da candidata, mas ainda não obteve retorno.
A investigação, iniciada a pedido do Ministério Público Eleitoral, revelou que o candidato e seus cabos eleitorais forneciam comprovantes de residência falsos para os possíveis eleitores.
Eles prometiam vantagem econômica em troca de votos, para que estes se alistassem ou alterassem seu domicílio eleitoral para a cidade de Itaguaí (RJ). Dessa forma, o o candidato ganharia mais votos no próximo domingo (6), dia das eleições.
Durante as investigações, a PF diz que apurou-se que alguns dos investigados, alvos dos mandados judiciais de hoje, foram flagrados no cartório do Juízo da 105ª Zona eleitoral – Itaguaí – pagando multas eleitorais de eleitores cooptados.
Além do crime de organização criminosa, os investigados poderão responder pelo crime de inscrição fraudulenta, com uso de documento falso, por oferecer vantagem ilícita em troca de voto e por corrupção de menores, .
Este último delito porque muitas das pessoas levadas à sessão eleitoral para a inscrição ou alteração do domicílio eleitoral eram menores de idade.