Forças especiais israelenses realizaram pequenos ataques por terra em território libanês nos últimos dias como parte dos preparativos para uma potencial ofensiva terrestre, disseram duas fontes familiarizadas com o assunto à CNN.
Comandos israelenses se infiltraram no território libanês, visando posições do Hezbollah perto da fronteira para coletar informações e destruir postos do Hezbollah na área, disseram as fontes, falando sob condição de anonimato para discutir assuntos militares delicados.
Os militares israelenses se recusaram a comentar.
Os ataques direcionados são a mais recente indicação de que Israel está preparando o terreno para uma incursão por terra significativa no Líbano, embora o governo israelense ainda não pareça ter tomado uma decisão final sobre o lançamento de tal ofensiva.
Autoridades dos EUA confirmaram à CNN, na manhã desta segunda-feira (30), que forças israelenses realizaram operações especiais dentro do território libanês perto da fronteira.
Um funcionário descreveu esses ataques à CNN como “ataques muito precisos, muito direcionados, muito pequenos” – do tipo em que “você entra e sai” para atingir especificamente as capacidades do Hezbollah.
Autoridades norte-americanas não estão descrevendo esses ataques israelenses como uma incursão terrestre, mesmo enquanto continuam se preparando cuidadosamente para a possibilidade de uma operação terrestre limitada que pode ocorrer nos próximos dias.
Separadamente, o secretário de Estado Antony Blinken denunciou o líder assassinado do Hezbollah, Hassan Nasrallah, como “um terrorista brutal”, ao pedir mais uma vez por diplomacia, apesar da rejeição contínua do governo israelense aos apelos dos EUA por um caminho diplomático a seguir no Líbano ou em Gaza.
“O Líbano, a região e o mundo estão mais seguros sem Nasrallah”, disse Blinken em comentários na reunião ministerial da Coalizão Global para Derrotar o Estado Islâmico.
Blinken enfatizou novamente a necessidade de cessar-fogo na “linha azul” – como é chamada a demarcação de fronteiras entre o Líbano e Israel estabelecida pela ONU – e em Gaza, dizendo que “a diplomacia continua sendo o melhor e único caminho para alcançar maior estabilidade no Oriente Médio”.
O secretário disse que os EUA estão comprometidos em “impulsionar urgentemente esses esforços para frente”.