A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou no começo de setembro a Operação Integration, que culminou na emissão de 19 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão em cinco estados, incluindo os mandados de prisão para Deolane Bezerra e Gusttavo Lima.
Além da prisão, a Justiça também determinou o indiciamento do cantor e a suspensão de seu passaporte.
A ação resultou no bloqueio de ativos financeiros superiores a R$ 2 bilhões dos alvos investigados, representando um significativo avanço no combate ao crime organizado no país.
Na decisão da Justiça que solicita a prisão do cantor que a CNN teve acesso é apontado que ele não deve ter vantagens por ser uma pessoa famosa.
“A justiça deve ser cega a esses fatores, tratando todos, independentemente de sua posição, com a mesma equidade e rigor, conforme os princípios constitucionais que garantem a isonomia e a imparcialidade na condução dos processos”, aponta decisão da Juíza Andréa Calado da Cruz, responsável pela decisão.
O cantor também teve a suspensão do passaporte e do Certificado de Registro de Arma de Fogo (CRAF) e eventual porte de arma de fogo, decretada pela decisão.
Anteriormente o cantor Gusttavo Lima teve uma aeronave apreendida pela operação, ambas registradas em nome de sua empresa Balada Eventos e Produções LTDA.
A operação tem como principal objetivo coibir crimes de lavagem de dinheiro e a prática de jogos ilegais. Segundo os investigadores, a organização criminosa sob investigação teria movimentado aproximadamente R$ 3 bilhões provenientes de atividades ilícitas.
Os investigadores revelaram que a operação iniciou em dezembro de 2022, após a apreensão de aproximadamente R$ 180 mil.
Desde então, a Operação Integration ampliou a coleta de informações e evidências, culminando na ação de hoje, que envolveu cerca de 170 agentes em cidades. A CNN procurou a defesa do Gusttavo Lima, mas ainda não teve retorno.
Nota da defesa
A defesa de Gusttavo Lima divulgou, na noite desta segunda-feira (23), uma nota sobre o pedido de prisão do cantor, emitida pela juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal de Recife.
A nota diz que a defesa ficou sabendo do pedido de prisão pela mídia, que medidas cabíveis já estão sendo tomadas e que “é uma decisão totalmente contrária aos fatos já esclarecidos pela defesa do cantor e que não serão medidos esforços para combater juridicamente uma decisão injusta e sem fundamentos legais.”
Deolane Bezerra: veja a linha do tempo do caso da influencer