A defesa do cantor Gusttavo Lima contestou o pedido de prisão assinado pela magistrada Andrea Calado da Cruz, da Justiça de Pernambuco. Os advogados ainda afirmaram que “medidas cabíveis já estão sendo adotadas” para tentar reverter a decisão.
Na decisão da magistrada, o passaporte do cantor também deverá ser retido.
Na noite de domingo, Gusttavo Lima fez postagens no Instagram acompanhando o Rock in Rio. A família do cantor está em Miami, segundo postagens de Andressa Suita, esposa do sertanejo.
O repórter Elijonas Maia, da CNN, apurou que o cantor deixou o Brasil na véspera do pedido e foi para Miami.
Gusttavo Lima teve o pedido de prisão decretado no âmbito da Operação Integration, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro, e que envolveu a advogada e influenciadora Deolane Bezerra – ela conseguiu liberdade provisória nesta segunda.
Dentre as acusações, o cantor teria ocultado R$ 9,7 milhões recebidos em dois depósitos de jogos ilegais da HSF Entretenimento Promoção de Eventos. Além disso, ele teria dado “guarida a foragidos” que são alvos da investigação, que está em segredo de Justiça.
Também foi revelado que o cantor comprou uma participação de 25% na empresa “Vai de Bet”, apontada como operadora de jogos ilegais e que recentemente esteve no meio de outra polêmica, ao rescindir o contrato de patrocínio com o Corinthians.
A operação
A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou no começo de setembro a Operação Integration, que culminou na emissão de 19 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão em cinco estados.
A ação resultou no bloqueio de ativos financeiros superiores a R$ 2 bilhões dos alvos investigados.
A operação tem como principal objetivo coibir crimes de lavagem de dinheiro e a prática de jogos ilegais. Segundo os investigadores, a organização criminosa sob investigação teria movimentado aproximadamente R$ 3 bilhões provenientes de atividades ilícitas.
Os investigadores revelaram que a operação iniciou em dezembro de 2022, após a apreensão de aproximadamente R$ 180 mil.
Desde então, a Operação Integration ampliou a coleta de informações e evidências.
Avião apreendido
Dentre as ações ocorridas no dia 4 de setembro, uma aeronave foi apreendida na cidade de Jundiaí, no interior paulista. O avião está registrado em nome da empresa Balada Eventos e Produções LTDA. A companhia tem como sócio o cantor Gusttavo Lima.
Segundo registro na Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o avião Cessna 560XLS comporta até 9 passageiros e atua em serviços aéreos privados, não podendo operar táxi aéreo.
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Operação Integration apreendeu diversos itens como carros, avião, joias e dinheiro • Polícia Civil de São Paulo
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Operação Integration apreendeu diversos itens como carros, avião, joias e dinheiro • Polícia Civil de Pernambuco
Apesar da empresa de Gusttavo Lima constar como proprietária da aeronave, a operação do jato, segundo a Anac, é de responsabilidade da empresa J.M.J Participações.
Em nota enviada à CNN na ocasião, o advogado Cláudio Bessas, que representa a Balada Eventos, informou que o avião foi vendido “por meio contrato de compra e venda, devidamente registrado junto ao RAB-ANAC para a empresa J.M.J Participações”.
Nota desta segunda da defesa de Gusttavo Lima sobre o pedido de prisão
A defesa do cantor GUSTTAVO LIMA recebeu na tarde desta segunda-feira (23/09), por meio da mídia, a decisão da Juíza Dra. ANDRÉA CALADO DA CRUZ da 12ª Vara Criminal de Recife/PE que decretou a prisão preventiva do cantor e de outras pessoas e, esclarece que as medidas cabíveis já estão sendo adotadas.
Ressaltamos que é uma decisão totalmente contrária aos fatos já esclarecidos pela defesa do cantor e que não serão medidos esforços para combater juridicamente uma decisão injusta e sem fundamentos legais.
A inocência do artista será devidamente demonstrada, pois acreditamos na justiça brasileira. O cantor GUSTTAVO LIMA jamais seria conivente com qualquer fato contrário ao ordenamento de nosso país e não há qualquer envolvimento dele ou de suas empresas com o objeto da operação deflagrada pela Polícia Pernambucana.
Por fim, esclarecemos que os autos tramitam em segredo de justiça e que qualquer violação ao referido instituto será objeto e reparação e responsabilização aos infratores.
(Com informações de Marcos Guedes, Thiago Félix, Elijonas Maia, Pedro Teixeira e Rafael Villarroel)