O Ministério Público da Venezuela disse nesta quinta-feira (29) que Edmundo González, opositor que disputou a Presidência do país com Nicolás Maduro, será preso se não comparecer para depor sobre o site com resultados detalhados da votação que a oposição diz ter recebido de seus fiscais eleitorais.
González faltou a duas intimações feitas pelo Ministério Público na segunda (26) e terça-feira (28) e foi novamente convocado pelo órgão para “dar entrevista” nesta sexta-feira (30).
“De acordo com as leis venezuelanas, se este cidadão não comparecer no gabinete da procuradoria-geral na data indicada, será emitido o mandado de prisão respectivo, considerando que se encontra em presença de risco de fuga (…) e perigo de obstacularização”, advertiu o Ministério Público.
A instituição venezuelana, que é alinhada ao chavismo, considera que o opositor “usurpou atribuições” do Conselho Nacional Eleitoral com a publicação das atas eleitorais, que o governo de Nicolás Maduro afirma terem sido falsificadas.
González afirmou que o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, atua como um “acusador político” que não há garantias de independência na investigação iniciada pelo Ministério Público.