O analista sênior de Internacional da CNN Américo Martins comentou a complexa situação diplomática que o Brasil enfrenta em relação às recentes eleições na Venezuela.
O Supremo Tribunal de Justiça venezuelano atribuiu a vitória nas eleições presidenciais ao líder do país, Nicolás Maduro, sem a apresentação de atas eleitorais, colocando o governo brasileiro em uma posição delicada.
Segundo Martins, a diplomacia brasileira tem uma “batata quente nas mãos”. Por um lado, o Brasil afirma que não pretende romper relações com a Venezuela ou aplicar sanções, buscando manter canais de diálogo para influenciar o processo eleitoral no país vizinho.
Por outro, o governo brasileiro não reconhecerá a suposta vitória de Maduro sem a divulgação das atas eleitorais.
Sigilo das atas e críticas internacionais
O Supremo Tribunal venezuelano, que Martins descreve como “absolutamente coordenado, cooptado, controlado pelo regime de Maduro”, decretou sigilo sobre as atas eleitorais.
Essa decisão impede a divulgação tanto das atas em posse da oposição quanto daquelas do Conselho Nacional Eleitoral.
O Centro Carter, uma instituição que acompanha eleições globalmente, declarou que o pleito na Venezuela não foi democrático e livre, acusando o governo de influenciar vários pontos do processo.
Além disso, um comunicado conjunto dos Estados Unidos e de 10 países latino-americanos criticou duramente a decisão do Supremo venezuelano.
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