A Polícia Civil do Pará (PCPA) investiga as causas de uma morte, dentro de uma clínica estética no município de Marabá, no sudeste do Pará, na última sexta-feira (20). O óbito aconteceu após sessões de procedimentos cirúrgicos que teriam durado mais de 10 horas.
A cidade fica a cerca de 500 km da capital Belém.
De acordo com informações da PCPA, a vítima foi identificada como Maria Leonice Passos de Melo, de 52 anos. Ela deu entrada em uma clínica estética para realização de três procedimentos estéticos: lipoaspiração, mamoplastia e abdominoplastia. A vítima teria apresentado algumas reações após o procedimento, e morreu poucas horas depois que deixou a mesa de cirurgia.
Em nota, a polícia informa que solicitou exames complementares para investigar as circunstâncias da morte. A instituição também afirmou que os profissionais da clínica, que não teve o nome revelado, também serão ouvidos para apurar a morte da mulher de 52 anos.
O exame de necropsia realizado pelo Instituto Médico Legal (IML), de Marabá(PA), deve embasar o laudo pericial e trazer as causas da morte em 30 dias.
Os profissionais envolvidos no procedimento já foram identificados pela polícia e são representados pelo mesmo advogado. Entre eles está o cirurgião Antônio Márcio, responsável pelos procedimentos, que atende na clínica de estética e atua na cidade desde 2005, de acordo com a defesa. O médico já foi professor do curso de medicina da Universidade do Estado do Pará (UEPA). A defesa reforça que está trabalhando com as autoridades, prestando todos os esclarecimentos.
O Conselho Regional de Medicina do Pará também foi procurado e emitiu uma nota sobre o ocorrido. Veja na íntegra.
A Assessoria de Comunicação do Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará informa que, em relação ao ocorrido em Marabá, após o conselho ter tomado conhecimento dos fatos irá realizar a devida apuração. O CRM-PA ressalta que, de acordo com o artigo 1º do Código de Processo Ético-Profissional, os procedimentos que tramitam nos Regionais são sigilosos.
A CNN procurou familiares da vítima, que optaram por não se manifestar até o momento.