O governo da Nicarágua proibiu 1.500 organizações não governamentais (ONGs), nesta segunda-feira (19), em sua mais recente proibição de grupos que acusa de violar a lei – parte de uma repressão de longa data a grupos da sociedade civil vistos como hostis pelo presidente Daniel Ortega.
A medida, publicada no diário oficial do governo, também envolve o confisco pelo Estado de bens pertencentes a grupos majoritariamente religiosos.
“Eles não cumpriram com suas obrigações”, de acordo com a resolução do Ministério do Interior publicada no Diário Oficial, que alega que os grupos não divulgaram uma série de informações financeiras, incluindo doações.
O anúncio foi feito dias depois de autoridades terem emitido novas medidas destinadas a aumentar o controle sobre esses grupos.
A repressão de Ortega à sociedade civil, bem como à Igreja Católica, se intensificou desde que os protestos antigovernamentais eclodiram em 2018.
As autoridades fecharam mais de 5 mil grupos da sociedade civil, universidades privadas e meios de comunicação.
Durante esse período, o governo também baniu partidos políticos de oposição e prendeu ou expulsou figuras da oposição para outros países.