As forças ucranianas destruíram uma ponte sobre o rio Seym na região russa de Kursk, impedindo a retirada de civis por terra, informou a agência de notícias estatal russa Tass nesta sexta-feira (16), citando os serviços de segurança locais.
Uma retirada em massa está em andamento no distrito de Glushkov, onde vivem 20 mil pessoas, após uma rápida incursão ucraniana na região.
Embora o ataque ucraniano tenha revelado fraquezas nas defesas russas e mudado a narrativa pública do conflito, as autoridades russas disseram que a “invasão terrorista” da Ucrânia não mudaria o curso da guerra.
A Rússia tem avançado durante a maior parte do ano em uma região chave oriental e possui uma vasta superioridade numérica, controlando 18% da Ucrânia.
Após mais de 10 dias de combates, a Ucrânia detém pelo menos 450 quilômetros quadrados de território, o equivalente a menos de 0,003% da Rússia. Mas, para Putin, a incursão ultrapassa outra linha vermelha.
Uma fonte russa disse à Reuters que a incursão poderia encorajar a linha dura em Moscou, que defende uma guerra maior, mas a escolha de Putin pode não ser fácil.
Ele procurou retratar a maior guerra da Europa em sete décadas como uma “operação militar especial” limitada, que não perturba a vida cotidiana russa, mas também como uma luta histórica com um Ocidente que despreza os interesses de Moscou e procura desmembrar a Rússia.
Os EUA, que disseram que não podem permitir que Putin vença a guerra na Ucrânia, até agora consideram a incursão surpresa uma medida protetora que justifica o uso de armamento americano, segundo autoridades em Washington.
O governo americano também expressou preocupação com as complicações à medida que as tropas ucranianas avançam em território inimigo.
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