A campanha presidencial da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, registrou um boom de doações após o anúncio do governador de Minnesota, Tim Walz, como seu companheiro de chapa pelo Partido Democrata. Em apenas 24 horas, foram arrecadados mais de US$ 36 milhões, sinalizando um forte apoio à chapa democrata.
Segundo a analista de Internacional da CNN Fernanda Magnotta, esse volume expressivo de doações é apenas um dos indicadores da recuperação de fôlego dos democratas. “Vários são os possíveis termômetros para mostrar como houve essa recuperação”, afirmou Magnotta, destacando também o aumento significativo no número de voluntários dispostos a trabalhar na campanha.
Estratégias de campanha e impacto nas pesquisas
A escolha de Tim Walz como vice não apenas manteve os números de Biden nas pesquisas, mas em alguns casos chegou a ultrapassar Donald Trump pela primeira vez. Magnotta ressalta que Walz não se limitará apenas a conquistar votos: “Ele é um vice que vai para o ataque, ele vai fazer o papel do policial mau para a chapa adversária”.
A campanha de Harris adotou uma abordagem mais agressiva, referindo-se à chapa Trump-Pence como “os Esquisitões”, uma expressão que, segundo Magnotta, “colou nos Estados Unidos”. Enquanto isso, a campanha republicana parece estar tendo dificuldades em direcionar seus ataques, recorrendo principalmente a argumentos de política identitária e ideológica.
Impacto nos estados-chave
A chapa Harris-Walz já iniciou uma série de compromissos de campanha, com foco em estados cruciais como Pensilvânia e Wisconsin, conhecidos como estados-pêndulos (“swing states”). Esses estados são considerados decisivos para o resultado final da eleição presidencial.
O entusiasmo gerado pela escolha de Walz e o sucesso na arrecadação de fundos podem ser fundamentais para mobilizar eleitores em uma eleição onde levar as pessoas às urnas é visto como um desafio crucial para ambos os candidatos.
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