A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta terça-feira (7), um suspeito de ter negociado as armas que foram roubadas do arsenal do Exército Brasileiro em Barueri, na região metropolitana de São Paulo, em setembro do ano passado.
Luiz Cláudio Severo dos Santos foi detido na comunidade do Quitungo, na zona norte do Rio de Janeiro. Já havia um mandado de prisão preventiva contra o suspeito, e a localização dele ocorreu após monitoramento feito pela Seção de Inteligência da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).
De acordo com os investigadores, Luiz Cláudio foi identificado como um dos responsáveis pela comercialização do armamento após a identificação de movimentações financeiras suspeitas de um outro homem, que já esta preso, na negociação das armas. Segundo a DRE, o acusado é integrante de um grande esquema de lavagem de dinheiro montado para negociar os armamentos.
Luiz Cláudio estava em liberdade provisória respondendo por estelionato e associação criminosa. Além disso, ele já tinha passagens por outros crimes.
Ele foi conduzido para a sede da DRE, na Cidade da Polícia. Após a finalização dos procedimentos de polícia judiciária, o homem foi encaminhado para o sistema prisional onde ficou à disposição da justiça.
Relembre o caso
As 21 metralhadoras sumiram do arsenal de um quartel do Exército em Barueri, na Grande São Paulo, em setembro do ano passado. Dezenove armas já foram recuperadas, no Rio e em São Paulo. Duas ainda são procuradas.
Em fevereiro, o Exército concluiu a investigação sobre o furto. Quatro militares e quatro civis acusados pelo desaparecimento das armas foram indiciados por furto, peculato, receptação e extravio de armas.
O caso foi remetido ao Superior Tribunal Militar (STM), que determinou, em março, que os cabos Vagner da Silva Tandu e Felipe Ferreira Barbosa, permaneçam presos pelo envolvimento direto no roubo. A decisão foi uma resposta a um pedido da defesa dos militares, para que a prisão preventiva de ambos fosse revogada sob o argumento de que a demora do julgamento poderia trazer prejuízo à dupla.
Outros dois militares da corporação, sendo um tenente-coronel e um tenente, que também foram indiciados pela participação indireta no crime, respondem ao processo em liberdade.
Se forem considerados culpados, os militares poderão receber penas de até 50 anos de prisão e depois serem expulsos do Exército.