Israel intervirá se identificar uma ameaça na Faixa de Gaza no futuro, disse o ministro das Relações Exteriores Gideon Saar nesta terça-feira (14), enquanto um acordo de cessar-fogo com o Hamas parece estar perto de ser concluído.
“E se virmos terrorismo na Faixa de Gaza em algum momento no futuro, faremos a mesma coisa que estamos fazendo na Judeia e Samaria”, disse ele em uma entrevista coletiva em Roma com o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani.
Saar usou um termo amplamente usado em Israel para a Cisjordânia ocupada, onde tropas israelenses regularmente conduzem ataques contra grupos palestinos.
Entenda o conflito na Faixa de Gaza
Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.
Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
A população israelense faz protestos constantes contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.