A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que os dois funcionários da Fiocruz serão investigados por suposto envolvimento na fuga de criminosos das dependências da fundação, na última quarta-feira (8), onde uma funcionária ficou ferida e precisou de atendimento médico.
Momentos antes da invasão, um desdobramento da Operação Torniquete aconteceu no Complexo de Manguinhos, região controlada pelo Comando Vermelho, onde uma pessoa morreu e outras três ficaram feridas. As equipes da Polícia Civil foram recebidas com hostilidade e revidaram, dando início ao confronto que terminaria com a fuga de criminosos em direção a Fiocruz.
De acordo com a polícia, depois que os agentes receberam a informação da fuga de criminosos em direção a fundação, um grupamento foi deslocado para lá, dando início a mais um confronto, desta vez na Fiocruz. Um tiro atingiu o vidro da sala de automação Bio-Manguinhos, a fábrica de vacinas da instituição e uma funcionária foi ferida com os estilhaços.
Em seguida, o grupo de criminosos conseguiu escapar da Fiocruz usando um carro da instituição. Segundo a Polícia, dois funcionários terceirizados da fundação e que prestavam serviço de segurança e vigilância são suspeitos de terem facilitado a fuga para a comunidade do Mandela. Imagens de vídeo mostram o veículo auxiliando os bandidos a escaparem. Eles foram presos em flagrante.
Vídeo: drone mostra fuga de criminosos
Em nota, a Fiocruz negou a informação, e destacou que um dos funcionários é supervisor da empresa que presta serviços de Vigilância e Segurança Patrimonial. A fundação condenou a execução de operações da corporação sem aviso ao campus, uma situação que acaba “colocando trabalhadores e alunos da Fiocruz em risco”.
Mais tarde, o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi rebateu a nota da Fiocruz, “Causa muita estranheza acusações maldosas contra os policiais, dado o histórico de ocorrências com traficantes que buscam abrigo em prédios públicos, bem como a própria Fiocruz, onde já havia ocorrido em situações anteriores”.