O Escritório de Investigação de Corrupção (CIO) da Coreia do Sul prometeu executar o mandado de prisão contra o presidente afastado, Yoon Suk Yeol, até segunda-feira (6), segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
Um mandado de prisão geralmente deve ser executado dentro de sete dias, mas pode ser prorrogado, segundo o CIO. O mandado contra Yoon foi emitido por um tribunal sul-coreano na terça-feira (31).
O chefe do CIO, Oh Dong-woon, disse a repórteres nesta quarta-feira (1°) que “uma equipe conjunta de investigação está discutindo o assunto e realizará a execução do mandado dentro do prazo válido”, de acordo com a Yonhap.
A agência também divulgou que os investigadores pediram que os serviços de segurança do presidente afastado não impeçam o trabalho do CIO.
Yoon Suk Yeol enfrenta uma investigação criminal sobre possíveis acusações de insurreição. Insurreição é uma das poucas acusações para as quais um presidente sul-coreano não tem imunidade.
O advogado Yoon disse na terça-feira (31) que a declaração de Lei Marcial não constitui insurreição e que o mandado de prisão contra ele é inválido.
“A declaração de Lei Marcial é um poder concedido ao presidente sob a Constituição. O presidente exerceu essa autoridade legitimamente como parte de seu dever de proteger a ordem constitucional da nação”, disse o advogado.
Yoon foi suspenso dos poderes presidenciais após o parlamento aprovar um pedido de impeachment devido à sua decisão de impor brevemente a Lei Marcial em 3 de dezembro.
O decreto inesperado de Lei Marcial e suas rápidas consequências políticas chocaram a nação e os mercados financeiros, afetando aliados chave como Estados Unidos e Europa, que viam Yoon como um parceiro firme nos esforços globais contra China, Rússia e Coreia do Norte.