A Ucrânia estima que mais de 3 mil soldados da Corei do Norte foram mortos ou feridos na região russa de Kursk, disse o presidente Volodymyr Zelensky.
Acredita-se que os soldados norte-coreanos tenham sofrido grandes perdas na região, segundo autoridades os Estados Unidos e Ucrânia. O governo de Zelensky acusa a Rússia de tentar encobrir o envolvimento do país asiático na guerra.
Nem Rússia, nem Coreia do Norte reconheceram oficialmente a presença de soldados norte-coreanos na batalha.
Anteriormente, uma autoridade dos EUA afirmou que a Coreia do Norte teve “várias centenas” de vítimas, entre mortos e feridos, em Kursk desde outubro.
Além disso, um congressista sul-coreano ressaltou no início deste mês que se acredita que cerca de 100 soldados norte-coreanos tenham sido mortos e quase mil ficaram feridos desde que foram enviados para Kursk, de acordo com a agência de inteligência do país.
“A Rússia simplesmente se livra deles através de ataques”, alegou Zelensky em um discurso em vídeo na noite de segunda-feira.
Em uma outra postagem no X, o presidente alertou sobre os riscos de um maior apoio de Pyongyang a Moscou.
“Existe o risco de a Coreia do Norte enviar tropas e equipamento militar adicionais ao Exército russo, e teremos respostas tangíveis a isso”, adicionou.
Entenda a guerra entre Rússia e Ucrânia
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.
Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.
Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.
As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.
O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.
A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.
O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto