Luigi Mangione, o suspeito de assassinar o CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, foi escoltado para um tribunal de Nova York, onde se declarou inocente das acusações estaduais de assassinato e terrorismo.
A audiência desta segunda-feira (23) marcou a primeira vez que Mangione abordou formalmente as acusações apresentadas pelo Gabinete do Promotor Público de Manhattan.
O jovem de 26 anos enfrenta 11 acusações em Nova York, incluindo uma de assassinato em primeiro grau e duas de assassinato em segundo grau, juntamente com outras acusações de sobre porte de arma e falsificação.
O gabinete do promotor público de Manhattan, Alvin Bragg, confirmou à CNN que está coordenando com as autoridades federais as acusações de Mangione.
Na semana passada, o suspeito desistiu da tentativa de não ser transferido da Pensilvânia para Nova York. Ele desembarcou em Manhattan cercado por dezenas de policiais fortemente armados e pelo prefeito da cidade.
Mangione pode ser condenado à morte
Um processo federal foi revelado na quinta-feira (19), no qual Mangione foi acusado de assassinato por uso de arma de fogo, duas acusações de perseguição e outro crime relacionado a arma de fogo.
Ele pode receber até pena de morte se for considerado culpado da acusação federal de assassinato, enquanto as acusações estaduais acarretam uma pena máxima de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
Os promotores não indicaram se buscarão a pena de morte, e a decisão precisaria ser aprovada pelo procurador-geral dos EUA.
Ele também enfrenta acusações na Pensilvânia em conexão com a arma de fogo impressa em 3D e a identidade falsa supostamente em sua posse quando foi preso.
Agora, os julgamentos estaduais e federais “funcionarão em paralelo”, de acordo com o Gabinete do Procurador Distrital de Manhattan, e o julgamento estadual ocorrerá antes do federal, disseram os promotores.
A pressão por acusações federais veio do gabinete do procurador dos EUA, segundo várias fontes policiais à CNN.
O FBI, a agência federal de investigação dos EUA, já estava envolvido na investigação auxiliando o Departamento de Polícia de Nova York com pistas de fora da cidade.
Assim, os agentes foram solicitados a elaborar a queixa federal com base em evidências coletadas por detetives do Departamento de Polícia de Nova York trabalhando nas acusações estaduais e pela polícia da Pensilvânia que prendeu Mangione.
Os promotores federais argumentam que têm jurisdição no caso devido à “viagem de Mangione” entre estados — pegando um ônibus de Atlanta para Nova York antes do assassinato — bem como ao “uso de instalações interestaduais” ao supostamente usar um telefone celular e a internet “para planejar e executar a perseguição, tiro e assassinato” de Thompson.
Como Luigi Mangione, suspeito de matar CEO, foi reconhecido e preso