A Albânia anunciou no sábado (21) uma proibição de um ano do TikTok após o assassinato de um adolescente no mês passado. O caso levantou temores sobre a influência das redes sociais nos mais jovens.
A proibição faz parte de um plano mais amplo para tornar as escolas mais seguras e entrará em vigor no início do ano que vem, disse o primeiro-ministro Edi Rama após se reunir com grupos de pais e professores de todo o país.
“Por um ano, vamos fechá-lo completamente para todos. Não haverá TikTok na Albânia”, anunciou Rama.
Vários países europeus, incluindo França, Alemanha e Bélgica, impuseram restrições ao uso de mídias sociais para crianças.
Em uma das regulamentações mais rígidas do mundo visando as chamadas Big Techs, a Austrália aprovou em novembro uma proibição total de redes sociais para menores de 16 anos.
Rama culpou as plataformas, e o TikTok em particular, por alimentarem a violência entre os jovens dentro e fora da escola.
Proibição do TikTok acontece após assassinato
A decisão acontece depois que um estudante de 14 anos foi esfaqueado até a morte em novembro por um colega.
A mídia local relatou que o caso ocorreu após discussões entre os dois meninos nas redes sociais. Vídeos também surgiram no TikTok de menores apoiando o homicídio.
“O problema hoje não são nossas crianças, o problema hoje somos nós, o problema hoje é nossa sociedade, o problema hoje é o TikTok e todos os outros que estão tomando nossas crianças como reféns”, argumentou Rama.
O TikTok afirmou que está buscando “esclarecimentos urgentes” do governo albanês.
“Não encontramos nenhuma evidência de que o agressor ou a vítima tinham contas no TikTok, e vários relatos de fato confirmaram que vídeos que levaram a este incidente estavam sendo postados em outra plataforma, não no TikTok”, destacou um porta-voz da empresa.