Uma operação global liderada pela Interpol resultou na prisão de 58 criminosos considerados de alto risco, entre os mais perigosos da América Latina, Caribe e Europa. Além das prisões, a força-tarefa internacional conseguiu identificar a localização de outros 28 fugitivos perigosos.
A operação, realizada entre julho e dezembro, utilizou uma lista com mais de 150 casos de indivíduos procurados por crimes violentos e organizados.
Com apoio de 16 países, os investigadores compartilharam informações e seguiram pistas em uma ação coordenada que contou com a participação de 12 países da América Latina e Caribe, além de quatro na Europa.
Os criminosos
Entre os capturados, estavam criminosos procurados há mais de 15 anos, todos sujeitos a Notificações Vermelhas da Interpol – alertas internacionais que auxiliam na localização e prisão de indivíduos de alto risco.
Antes da operação, a Unidade de Suporte às Investigações de Fugitivos da Interpol identificou alvos prioritários, incluindo suspeitos de crimes violentos e vínculos com o crime organizado. Entre os presos:
16 por crimes contra crianças;
15 por assassinato;
13 por tráfico de drogas.
14 por outros crimes
Na Europa, 20 fugitivos foram capturados, com destaque para 13 prisões realizadas na Espanha.
A operação faz parte do projeto “Apoio ao EL Paccto 2.0”, financiado pela União Europeia, que tem o objetivo de fortalecer a cooperação policial entre a América Latina, Caribe e Europa.
“O projeto facilita investigações conjuntas de fugitivos por meio de uma maior cooperação policial inter-regional e troca padronizada de informações. A primeira fase do projeto EL Paccto da Interpol resultou em 150 prisões e localizações positivas ao longo de cinco anos, de 2018 a 2022”, afirmou a interpol.
O secretário-geral da Interpol, Valdecy Urquiza, afirmou que a operação demonstra a eficiência da cooperação policial internacional.
“Reunir policiais além das fronteiras – mesmo que por apenas uma semana – pode abrir casos, colocar criminosos atrás das grades e tornar nossas comunidades mais seguras” complementou o secretário-geral