O presidente Vladimir Putin afirmou na quinta-feira (19) que as forças russas estão avançando para atingir seus objetivos no campo de batalha na Ucrânia e elogiou o que ele disse ser a “invencibilidade do novo míssil hipersônico da Rússia”.
Respondendo perguntas na TV estatal durante a tradicional coletiva de final de ano, Putin disse que as forças de Moscou estão avançando ao longo de toda a frente de batalha.
“Devo dizer que a situação está mudando drasticamente… Há movimento ao longo de toda a linha de frente. Todos os dias”, declarou ele.
Analistas militares ocidentais e russos dizem que a Rússia está avançando no leste da Ucrânia no ritmo mais rápido desde 2022, tomando vilarejo após vilarejo e ameaçando cidades estrategicamente importantes, como Pokrovsk, um importante centro rodoviário e ferroviário.
“Nossos combatentes estão recuperando território por quilômetro quadrado todos os dias”, disse Putin.
Ele afirmou que a luta é complexa, por isso é “difícil e inútil adivinhar o que está por vir… (mas) estamos avançando para resolver nossas tarefas primárias, que delineamos no início da operação militar especial”.
“Todos estão lutando, literalmente de forma heroica. E estão lutando agora mesmo. Vamos desejar a todos eles… boa sorte, vitória e que voltem para casa”, disse.
Conversas com a Ucrânia
Putin disse, ainda, que a Rússia não tinha pré-condições para iniciar negociações com a Ucrânia sobre um possível acordo de paz.
O líder russo afirmou que um acordo preliminar alcançado entre os negociadores dos dois países durante as primeiras semanas da guerra, nas negociações em Istambul, que nunca foi implementado, poderia servir como base para futuras discussões.
A situação atual no campo de batalha também deveria ser levada em consideração em qualquer negociação.
Se e quando um acordo fosse alcançado, Moscou estaria pronto para assiná-lo apenas com as autoridades legítimas da Ucrânia, que, no momento, o Kremlin considera ser o parlamento ucraniano, afirmou Putin.
A Rússia estava pronta para conduzir negociações com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, disse Putin, mas ele afirmou que Zelensky precisaria ser reeleito para que Moscou o considerasse um signatário legítimo de qualquer acordo.