O suspeito do assassinato do general russo Igor Kirillov foi acusado de ato de terrorismo resultando na morte de uma pessoa, segundo nota no site do tribunal de Moscou nesta quinta-feira (19).
Além disso, a corte ordenou que ele seja enviado para prisão preventiva por um período de dois meses, segundo informação no canal do Telegram.
A Rússia anunciou na quarta-feira (18) que deteve um homem do Uzbequistão, que teria confessado ter plantado e detonado bomba que matou Kirillov sob instruções do serviço de segurança SBU da Ucrânia.
O general era chefe das Tropas de Proteção Nuclear, Biológica e Química da Rússia.
Igor Kirillov e seu assistente foram mortos por um dispositivo explosivo plantado em uma scooter elétrica, de acordo com o comitê investigativo russo.
No vídeo que mostra a explosão, é possível ver dois homens saindo de um edifício residencial, com um deles carregando o que parece ser uma caixa em uma mão e uma pasta na outra.
Entenda a guerra entre Rússia e Ucrânia
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.
Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.
Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.
As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.
O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.
A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.
O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.