O fotógrafo alemão Frank Altmann, de 60 anos, foi preso nesta terça-feira (17) em Berlim, por agentes da Bundeskriminalamt, a Agência Federal de Investigação da Alemanha.
A prisão foi resultado de um trabalho conjunto entre a Polícia Civil do Rio de Janeiro e a agência policial alemã, que trocaram informações de inteligência ao longo da investigação.
Além de Altmann, outros dois alemães e um brasileiro estão sendo investigados por participação em uma organização criminosa suspeita de estupro de vulnerável, produção e armazenamento de material de abuso sexual infantojuvenil.
O fotógrafo foi o último envolvido no esquema que ainda não havia sido preso. Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, os conteúdos produzidos eram vendidos na Europa.
Detalhes da investigação
Durante a operação em Berlim, as autoridades apreenderam um HD com a identificação “Rio de Janeiro”, indicando que o material pode ter sido produzido no estado.
A investigação apontou que outro acusado era responsável por promover “festinhas” com menores de idade voltadas à exploração sexual infantojuvenil, em sua residência, localizada nas imediações da Cidade de Deus.
Os outros dois alemães e o brasileiro eram “participantes assíduos dos eventos” e figuraram em diversos vídeos com cena de sexo explícitos analisados pela polícia, praticando crimes de estupro de vulnerável com diferentes adolescentes.
Um dos europeus envolvidos, chamado Jan-Juri Reetz, foi morto a facadas por sua namorada, que soube que o homem abusava sexualmente da filha dela. A mulher foi absolvida pela Justiça Alemã.
Até o momento, a Polícia Civil conseguiu identificar 20 vítimas que aparecem nas imagens.