A população indígena brasileira cresceu 88,89% entre 2010 e 2022, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados são do Censo Demográfico 2022: Indígenas: Principais características das pessoas e dos domicílios, por situação urbana ou rural do domicílio, divulgados nesta quinta-feira (19).
O número de pessoas que se identificam como indígenas passou de 896.917 em 2010 para 1.694.836 em 2022.
4.833 municípios brasileiros tem população indígena; veja a distribuição no mapa abaixo:
O levantamento também revelou mudanças na distribuição territorial e nas condições de vida dessas comunidades.
No Censo, definiu-se como indígena a pessoa residente em localidades indígenas que se declarou indígena pelo quesito de cor ou raça ou pelo quesito se considera indígena.
Distribuição territorial e urbanização
Os dados dos estudo também apontam um aumento na urbanização da população indígena; veja abaixo:
- 2022: 53,97% da população indígena vive em áreas urbanas, enquanto 46,03% está em áreas rurais.
- 2010: 36,22% viviam em áreas urbanas, contra 63,78% em áreas rurais.
- Crescimento em áreas urbanas: 181,6%, com mais 589.912 pessoas.
- Crescimento em áreas rurais: 36,36%, com mais 208.007 pessoas.
A maior concentração de indígenas em áreas urbanas está no Sudeste, onde 77,25% vivem fora de zonas rurais. No Centro-Oeste, o percentual urbano é o menor, com 37,95%.
Estados com maior urbanização indígena:
- Goiás: 95,52%
- Rio de Janeiro: 94,59%
- Distrito Federal: 91,84%
Estados com maior população rural indígena:
- Mato Grosso: 82,66%
- Maranhão: 79,54%
- Tocantins: 79,05%
Taxa de alfabetização
A taxa de alfabetização da população indígena de 15 anos ou mais subiu de 76,60% em 2010 para 84,95% em 2022. No mesmo período, o analfabetismo caiu de 23,40% para 15,05%.
Dentro de terras indígenas, a alfabetização aumentou de 67,70% para 79,20%, enquanto o analfabetismo caiu de 32,30% para 20,80%.
Já fora de terras indígenas, em 2022, a alfabetização chegou a 86,22%, contra 79,69% em 2010.