Seis pessoas foram condenadas a 10 anos e 11 meses de prisão, nesta terça-feira (17), por tráfico de drogas e associação para o tráfico, em Manaus. A informação foi confirmada pelos advogados dos condenados, Mozarth Ribeiro Bessa Neto e Rosana Assis. A defesa vai recorrer da decisão.
A sentença, proferida pelo juiz Celso de Paulo, da 3ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas da Comarca de Manaus, é resultado da investigação sobre o uso indiscriminado de ketamina, um medicamento veterinário usado como droga sintética, pela seita ‘Pai, Mãe, Vida’.
Entre os condenados estão Cleusimar e Ademar Cardoso, mãe e irmão de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido. Ambos já estavam detidos e devem continuar cumprindo a pena em regime fechado.
Também foram condenados Bruno Roberto, ex-noivo de Djidja; Verônica Seixas, ex-gerente do salão de beleza da família Cardoso; Hatus Silveira, coach; e José Máximo, médico veterinário.
Bruno Roberto e Verônica Seixas respondem em liberdade e podem recorrer da decisão.
Outras duas pessoas, a cabeleireira Claudiele Santos e o maquiador Marlisson Dantas, foram absolvidas. O Ministério Público do Amazonas (MPAM) concluiu que ambos não tinham ligação com o grupo no contexto do uso da substância.
Relembre o caso
Dilemar Cardoso Carlos da Silva, Djidja, como era conhecida, morreu aos 32 anos na casa em que vivia, no bairro Cidade Nova, em Manaus. Ela era uma das principais personagens, a Sinhazinha, do Boi Bumbá Garantido na festa de Parintins.
Em depoimento à polícia, uma ex-namorada de Ademar Cardoso, irmão de Djidja, relatou já ter utilizado ketamina e potenay, medicamentos veterinários, junto com ele e com a mãe dele, Cleusemar Cardoso, também mãe de Djidja. Ela relatou que, em algumas ocasiões, chegou a ser abusada sexualmente por Ademar durante o uso das drogas.
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