A União Europeia confirmou que manterá contato com o novo governo da Síria após a queda do regime de Bashar al-Assad.
Um diplomata do bloco visitará a capital Damasco nesta segunda-feira (16), sinalizando uma aproximação do Ocidente com o país em transição.
Kaja Kallas, alta diplomata da União Europeia, declarou antes de uma reunião com os ministros de Relações Exteriores em Bruxelas que o bloco enviará um encarregado para fazer contato com o novo governo sírio.
Segundo Kallas, a UE está avaliando sua posição conforme a Síria realiza a transição de poder.
Prioridades da UE para a transição síria
A prioridade da União Europeia, conforme diversos diplomatas e países já afirmaram anteriormente, é que essa transição de governo aconteça de forma pacífica, com respeito às minorias e aos direitos humanos.
Kallas enfatizou que os ministros de Relações Exteriores querem ver ações concretas na direção certa, não apenas promessas.
“A Síria enfrenta um futuro otimista e positivo, mas que ainda é bastante incerto”, disse Kalas. “Os países europeus têm que garantir que isso aconteça e que o país caminhe na direção certa”.
Refugiados sírios na Europa
A situação dos refugiados sírios que foram abrigados em diversos países europeus também é um ponto de discussão importante.
Alemanha, França e outros países receberam um número significativo de refugiados sírios após a guerra civil de 2011.
No entanto, alguns países, como Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Dinamarca, já suspenderam os pedidos de asilo.
Essa decisão ocorre em meio a alertas de ativistas de que a situação na Síria ainda é muito instável.
O porta-voz da ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, Luiz Fernando Godinho, afirmou que 90% das pessoas na Síria ainda dependem de alguma forma de assistência humanitária.
Ele descreveu a suspensão dos pedidos de asilo como um “desenvolvimento muito preocupante”, lembrando que mais de 13 milhões de sírios foram deslocados na última década.
Tensões persistentes na região
Enquanto isso, explosões sacudiram a Síria durante a madrugada.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos afirma que Israel é responsável por essa ação, embora não haja pronunciamento oficial do país.
As principais explosões ocorreram em Tartus e nas províncias de Hama, Homs e Latakia. Israel alega que está destruindo armas e infraestrutura militar para impedir que sejam usadas por grupos rebeldes, visando proteger sua fronteira com a Síria.
A situação nas colinas de Golã, uma região disputada entre Israel e Síria, também permanece tensa.
Israel enviou militares para a zona tampão pela primeira vez desde 1974, e recentemente anunciou um plano de 11 milhões de dólares para dobrar a população israelense na região, uma medida que pode aumentar as tensões na área.
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