Dominique Pelicot, acusado de promover estupro em massa da própria esposa, foi ao banco das testemunhas pela última vez nesta segunda-feira (16).
Beatrice Zacarro, advogada dele, disse que Pelicot pediu desculpas à família e agradeceu ao tribunal por levar em consideração suas condições médicas. Em setembro, ele não pôde fazer o depoimento imediatamente devido a problemas de bexiga.
Os promotores franceses pediram a pena máxima de 20 anos de prisão para Dominique Pelicot, que organizou o estupro em massa repetido de sua então esposa, deixando-a inconsciente com drogas e convidando dezenas de desconhecidos para abusar dela na casa da família.
Pelicot, de 71 anos, admitiu as acusações em um julgamento que atraiu a atenção mundial e colocou em cheque a violência sexual na França e em outros lugares.
Outros 50 homens também serão julgados por participar dos atos sexuais.
Zacarro pontuou que os fatos relativos a Pelicot não mudaram, mas ela notou uma mudança no “nível emocional”.
O julgamento desencadeou protestos em apoio a Gisele Pelicot e estimulou um debate sobre se a lei de estupro da França deveria ser atualizada.
Apoiadores da vítima, que estavam participando das audiências, a aplaudiram mais uma vez quando ela chegou ao tribunal.