O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, prometeu neste sábado (14) lutar por seu futuro político após sofrer impeachment pela tentativa de impor Lei Marcial, uma atitude que chocou a nação.
O Tribunal Constitucional decidirá se removerá Yoon em algum momento nos próximos seis meses. Se ele for removido do cargo, uma eleição antecipada será convocada.
O primeiro-ministro Han Duck-soo, que foi nomeado por Yoon, tornou-se presidente interino enquanto Yoon permanece no cargo, mas com seus poderes presidenciais suspensos na metade de seu mandato de cinco anos.
“Embora eu esteja parando por enquanto, a jornada que tenho trilhado com as pessoas nos últimos dois anos e meio em direção ao futuro nunca deve parar. Eu nunca desistirei”, disse Yoon.
Ele é o segundo presidente conservador consecutivo a sofrer impeachment na Coreia do Sul. Park Geun-hye foi removida do cargo em 2017.
Yoon sobreviveu a uma primeira votação de impeachment no último fim de semana, quando seu partido boicotou amplamente a votação, privando o Parlamento de um quórum.
Ele chocou a nação em 3 de dezembro quando deu aos militares amplos poderes de emergência para erradicar o que ele chamou de “forças antiestatais” e superar oponentes políticos.
Ele rescindiu a declaração apenas seis horas depois, após o Parlamento desafiar as tropas e a polícia a votar contra o decreto. Mas isso mergulhou o país em uma crise constitucional e desencadeou pedidos generalizados para que ele renunciasse, sob a alegação de que havia violado a lei.
Mais tarde, Yoon pediu desculpas à nação, mas defendeu sua decisão e resistiu aos pedidos de renúncia.