Uma delegação de representantes seniores da China deve ir à posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, no lugar do presidente Xi Jinping, de acordo com duas fontes familiarizadas com o assunto.
Trump estendeu pessoalmente um convite ao presidente Xi para que fosse à cerimônia, que foi repassado por assessores, segundo confirmado por várias fontes.
Questionada pela Fox News se Xi aceitaria o convite, a indicada para ser secretária de imprensa da Casa Branca do próximo governo, Karoline Leavitt, disse que sua presença “estava para ser determinada”.
A designação de uma delegação sênior para a posse de Trump seria vista como maneira de mostrar apoio à nova administração, reservando a visita “principal” para uma ocasião focada na China.
Fontes alertaram que, a seis semanas até a posse, os planos podem mudar.
Relação entre Trump e Xi Jinping
Depois que Xi Jinping enviou uma mensagem parabenizando Trump poucos dias após a eleição, os dois falaram por telefone — um diálogo que o republicano diz ter se tornado regular.
“Tivemos comunicação recentemente, nesta semana”, pontuou Trump sobre o líder chinês em uma entrevista à NBC News na semana passada.
O presidente chinês tem buscado manter um relacionamento estável com os Estados Unidos — uma meta claramente delineada antes de uma reunião com o presidente dos EUA, Joe Biden, em Lima, no Peru, no mês passado.
“Faça a escolha sábia. Continue explorando a maneira certa para dois grandes países se darem bem”, afirmou Xi em um aparente aviso, por meio de um tradutor.
Desde então, Trump ameaçou impor novas tarifas sobre produtos chineses importados para os Estados Unidos, levando o líder da China a emitir um aviso mais severo aos EUA: “Ninguém vence uma guerra comercial”.
Assim, a “barreira” para que Xi viaje para os Estados Unidos ainda é grande. Uma viagem do tipo seria reservada para cúpulas multilaterais e visitas oficiais de Estado, onde ele pode contar com um tempo significativo com outros líderes mundiais.
Quando Donald Trump tomará posse como presidente dos Estados Unidos?
*Alayna Treene, da CNN, contribuiu com a reportagem