O Tribunal de Justiça de São Paulo expediu nesta quinta-feira (12) um mandado de reintegração de posse da Igreja Bola de Neve, que tem como fundador o apóstolo Rina, que morreu após sofrer um acidente de moto no dia 17 de novembro, no interior de São Paulo.
Desde então, uma disputa em torno do comando da igreja se iniciou na Justiça, onde os atuais conselheiros da instituição afirmar que a pastora Denise Seixas, que é viúva de Rina, e até então era vice-presidente da Bola de Neve, renunciou ao cargo de presidente, ao qual seria de direito após o falecimento de seu marido.
Em um vídeo publicado nas redes sociais da igreja, de forma póstuma ao apóstolo, em nenhum momento, Denise aparece.
Na decisão da Justiça paulista, a magistrada Isabela Canesin, da 12ª Vara Cível, autoriza, inclusive, o “arrombamento, caso necessário”, além de solicitar que a Polícia Militar acompanhe o cumprimento da reintegração.
Procurada, a defesa da pastora Denise Seixas afirmou que ela “é a atual presidente” e que “não há resistência” por parte dela em relação à reintegração de posse.
Segundo Anderson Albuquerque, que representa Denise, há “pessoas que possuem interesse em assumir o poder da igreja”.
Na ação, a Igreja Bola de Neve, por meio da pessoa jurídica, é que move a ação contra a pessoa física de Denise Seixas.
Ainda em entrevista à CNN, o advogado afirmou que há um documento apresentado pela igreja, onde é alegado que Denise renunciou ao cargo de presidente da Bola de Neve.
Entretanto, a mesma não reconhece a validade do documento, disse a defesa.
Na decisão sobre reintegração de posse, a magistrada afirma que não irá entrar no mérito da validade, pois essa discussão não cabe no atual processo.
A CNN procurou a igreja Bola de Neve e os advogados que a representam para comentar o caso, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.