Mesmo se recuperando em São Paulo, o presidente Lula assinou, nesta quinta-feira (12), duas medidas anunciadas na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o chamado Conselhão. O encontro, em Brasília, foi comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, ao lado do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Lula segue despachando da UTI, sob os cuidados do médico Roberto Kalil, que também é membro do Conselhão. Segundo Padilha, os assuntos foram tratados anteriormente com o presidente e as medidas precisavam atender ao prazo da sanção.
Uma das assinaturas desta quinta institui o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa, que regula o mercado de carbono, no país, e limita a emissão dos gases de efeito estufa. Alexandre Padilha, inclusive, comemorou a participação dos integrantes do Conselhão no debate sobre o tema. Lula também assinou o decreto que cria o Comitê Interministerial para a Transformação Digital, para orientação do governo “nos assuntos e atividades relacionadas à transformação digital”.
Questionado sobre o diálogo do governo com os parlamentares, o ministro Padilha voltou a dizer que a prioridade é o pacote fiscal.
“O governo vai continuar concentrado, pedindo e dialogando, pra que a pauta prioritária do país seja a agenda econômica e social, que ajuda e apoia o Brasil a manter esse crescimento econômico acima de 3%. Eu acredito que a pauta que move o Congresso hoje, que tem maior consenso, é a pauta econômico-social, que está avançando e estamos concentrados até o final do ano, pra concluir a votação das medidas que reforçam o marco fiscal”.
Padilha também disse que os ministros estão empenhados nas propostas de nomes para comandar as agências reguladoras. As indicações devem ser apresentadas até a semana que vem. E ressaltou que, “se for necessário algum tipo de consulta ao presidente, será feita”.
Também durante o encontro do Conselhão, em Brasília, Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, anunciou a quinta missão do programa Nova Indústria Brasil, que desta vez vai destinar mais de R$ 460 bilhões – verba pública e também da iniciativa privada – para a bioeconomia e a descarbonização, incluindo atividades como inovação, exportação e produtividade.