Um relatório de inteligência da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), órgão do governo federal vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, mapeou a atuação das organizações criminosas no Brasil e reconheceu a atuação de 88 delas no país.
Deste total, 91% possui poder financeiro independente, isso significa que conseguem operar sem qualquer apoio, e 98% estão presentes em pelo menos uma unidade prisional.
“Identificar a atuação desses grupos é fundamental para entender a magnitude do problema e desenvolver estratégias eficazes para combatê-los”, afirmou André Garcia, Secretário nacional de Políticas Penais.
Nos últimos três anos, 72 destas organizações atuaram apenas no estado em que estão sediadas. Entretanto, 14 conseguiram expandir para estados vizinhos.
Segundo o relatório, apenas duas, Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC) têm braços de operação em nível nacional e internacional.
No Rio de Janeiro, o CV, que vive uma guerra territorial com o Terceiro Comando Puro (TCP) em alguns pontos do estado, expandiu seu braço de operação para estados como Amapá, Pernambuco e Espírito Santo.
Atualmente, de acordo com o levantamento, cerca de 125 pavilhões estão sob o “domínio” total do CV.