O Exército de Israel diz ter confiscado vários tanques sírios ao longo da área desmilitarizada que separa as Colinas de Golã, ocupadas por Israel, do resto da Síria.
“A 474ª Brigada de Combate continua as atividades em posições-chave na área de separação, visando ameaças e locais terroristas ao longo da fronteira. Durante as buscas, eles confiscaram diversos tanques sírios fora de uso”, segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI).
As tropas israelenses também disseram que localizaram um posto de observação sírio na região do Monte Hermon, dentro da área desmilitarizada, e atingiram um esconderijo de armas, que incluía mísseis, explosivos e outros equipamentos.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, solicitou o envio de militares para tomarem a área e outras posições próximas.
Israel afirma que está realizando “missões defensivas” e eliminando ameaças aos cidadãos na região.
O Exército israelense vêm destruindo ativos militares sírios, atacando bases aéreas, portos e arsenais de armas em toda a Síria. Até terça-feira (10), Israel havia realizado cerca de 480 ataques no total, de acordo com informações de um comunicado.
Entenda o conflito na Síria
O regime da família Assad foi derrubado na Síria no dia 8 de dezembro, após 50 anos no poder, quando grupos rebeldes tomaram a capital Damasco.
O presidente Bashar al-Assad fugiu do país e está em Moscou após ter conseguido asilo, segundo uma fonte na Rússia.
A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.
O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.
Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.
Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.
A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.
Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.
Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.
Saiba quem é o líder rebelde sírio e o grupo que derrubou Bashar al-Assad