O Ministério Público prendeu quatro pessoas de uma empresa suspeita de adulterar produtos lácteos, no município de Taquara, localizado a aproximadamente 74 quilômetros da capital Porto Alegre, nesta quarta-feira (11).
A operação denominada “Leite Compensado 13” identificou a produção de derivados lácteos com adição de soda cáustica e outros produtos prejudicais à saúde, como água oxigenada, além de “pelos indefinidos” e pontos de sujeira dentro das embalagens.
Segundo o MP, entre os presos estão o químico da empresa, o sócio-proprietário da indústria e dois gerentes.
A Justiça ainda não autorizou a divulgação das marcas, mas a empresa já havia sido alvo da quinta fase da mesma operação deflagrada em 2014, quando foi descoberta a adição de soda cáustica, bicarbonato de sódio e água oxigenada nos produtos da indústria.
A operação foi realizada em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária, Receita Estadual, Fundação Estadual de Proteção Ambiental, Ministério Público de São Paulo e a Delegacia do Consumidor da Polícia Civil.
Os produtos da indústria de Taquara são distribuídos para todo o Brasil e até para a Venezuela.
O MP destacou que, apesar de análises iniciais terem detectado substâncias nocivas à saúde humana e demais sujeiras ou pelos indefinidos, com o aprimoramento da fórmula, são aguardados exames mais detalhados para determinar exatamente os que estão contaminados.
Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão por 100 agentes em empresas e residências de Taquara, Parobé, Três Coroas, Imbé e na Capital paulista.
Também participaram da operação os promotores de Justiça André Dal Molin, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) no Estado, Manoel Antunes, também do GAECO, além do apoio do promotor João Paulo Gabriel de Souza, do GAECO/MPSP.
De acordo com o promotor de Justiça Mauro Rockenbach, da Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre, depois de 2017, após a operação “Leite Compen$ado 12”, o órgão recebeu apenas mais duas denúncias sobre a adulteração no leite, mas ambas envolvendo pouca quantidade de adição de água ao produto, o que não rendeu uma nova fase da operação.
*Sob supervisão de Bruno Laforé