Israel pretende impor uma “zona de defesa estéril” no sul da Síria, que seria implementada sem a presença permanente de tropas, disse o ministro da Defesa, Israel Katz, nesta terça-feira (10), enquanto o Exército afirmou que uma onda de ataques aéreos destruiu a maior parte dos estoques de armas estratégicas da Síria.
Nas últimas 48 horas, após o colapso do governo do presidente Bashar al-Assad, os militares disseram que jatos realizaram ataques contra alvos que incluem baterias antiaéreas, campos de aviação militares, locais de produção de armas, aviões de combate e mísseis.
Além disso, navios de mísseis atingiram instalações navais da Síria no porto de Al-Bayda e no porto de Latakia, onde 15 navios sírios estavam atracados.
Autoridades israelenses afirmaram que os ataques em toda a Síria tinham como objetivo destruir armas estratégicas e infraestrutura militar para evitar que fossem usadas pelos grupos rebeldes que tiraram Assad do poder, alguns dos quais surgiram de movimentos ligados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico.
“Não temos intenção de interferir nos assuntos internos da Síria, mas pretendemos claramente fazer o que for necessário para garantir nossa segurança”, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
“Autorizei a Força Aérea a bombardear capacidades militares estratégicas deixadas pelo Exército sírio, para que não caiam nas mãos dos jihadistas.”
Após a fuga de Assad no domingo (8), tropas israelenses se deslocaram para a zona desmilitarizada dentro da Síria, criada após a guerra árabe-israelense de 1973, incluindo o lado sírio do estratégico Monte Hermon, com vista para Damasco, onde assumiram um posto militar sírio abandonado.
Um porta-voz militar afirmou que as tropas israelenses permaneceram na zona desmilitarizada e em “alguns pontos adicionais” nas proximidades.
Mas ele negou que as forças tenham adentrado significativamente em território sírio além da região, após uma fonte síria dizer que elas haviam chegado à cidade de Qatana, vários quilômetros a leste da área desmilitarizada e a uma curta distância de carro do aeroporto de Damasco.
“As Forças de Defesa de Israel não estão avançando em direção a Damasco. Isso não é algo que estamos fazendo ou buscando de forma alguma”, disse o tenente-coronel Nadav Shoshani, porta-voz militar, em um briefing a repórteres.
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