Os promotores da Coreia do Sul prenderam, neste domingo (8), no horário local, o ex-ministro da Defesa Kim Yong-hyun por seu suposto envolvimento na declaração de Lei Marcial do presidente Yoon Suk Yeol, na terça-feira (3), informou a agência de notícias Yonhap.
Kim, que apresentou sua renúncia na quarta-feira (4), foi considerado uma figura central na breve declaração de Lei Marcial de terça-feira. Um oficial militar de alto escalão e documentos para impeachment de Yoon por membros da oposição afirmaram que Kim havia proposto a medida a Yoon.
Yoon sobreviveu a uma votação de impeachment no parlamento no sábado (7), provocada pela tentativa de impor a Lei Marcial, mas o líder de seu próprio partido disse que o presidente eventualmente teria que renunciar.
A equipe de investigação especial dos promotores interrogou Kim, que se apresentou voluntariamente ao escritório do Procurador-Geral do Distrito Central de Seul por volta da 1h30 da manhã de domingo, segundo o relatório. O escritório não estava disponível para comentários imediatos.
Três partidos de oposição minoritária apresentaram uma queixa à promotoria contra Yoon, Kim e o comandante da Lei Marcial Park An-su, acusando-os de traição.
Kim enfrenta uma proibição de viagem enquanto os promotores investigam, afirmou a Yonhap.
A polícia nacional também está investigando as alegações de traição contra Yoon e ministros de alto escalão.
Yoon chocou a nação na terça-feira à noite, quando concedeu ao exército amplos poderes de emergência para combater o que chamou de “forças anti-estatais” e opositores políticos obstrucionistas. Ele revogou a ordem seis horas depois, após o parlamento desobedecer os cordões de segurança militares e policiais para votar de forma unânime contra o decreto.
A declaração de Lei Marcial de Yoon mergulhou a Coreia do Sul, a quarta maior economia da Ásia e um importante aliado militar dos EUA, em sua maior crise política em décadas, ameaçando destruir a reputação do país como um exemplo de sucesso democrático.