A Síria, país estratégico no Oriente Médio, continua enfrentando uma crise humanitária e instabilidade política após mais de uma década de guerra civil, segundo avaliou a analista de relações internacionais Fernanda Magnotta ao CNN 360° desta quinta-feira (5).
Conforme a especialista, a Síria vive uma disputa de poder que envolve interesses geopolíticos de potências mundiais como Estados Unidos e Rússia, além de atores regionais como o Irã.
“A Síria continua numa condição humanitária muito grave, politicamente instável, economicamente muito afetada pelas mazelas desse conflito que se arrasta por tanto tempo”, afirmou Magnotta.
Raízes do conflito e resistência do governo Assad
A analista explicou que o conflito na Síria teve como gatilho os levantes populares da Primavera Árabe, no início da década de 2010. Enquanto vários países da região passaram por transições de poder, a Síria, sob o comando de Bashar al-Assad, resistiu às pressões por mudança.
“A Síria foi uma das poucas resistências que subsistiram a esses levantes populares”, disse Magnotta.
Ela destacou que as forças de oposição ao governo foram em grande medida financiadas pelos Estados Unidos e outros atores ocidentais, enquanto o regime de Assad contou principalmente com o apoio russo.
Momento atual e fragilidade do governo sírio
Magnotta ressaltou que o cenário atual pode representar o momento de maior fragilidade do governo Assad desde a Primavera Árabe.
“Há quem diga que desde a Primavera Árabe, então aí estamos falando de mais de uma década e quase uma década e meia depois, estaríamos nós diante do momento de maior fragilidade do governo Assad”, pontuou.
A analista mencionou que Assad esteve recentemente na Rússia pedindo ajuda ao presidente Vladimir Putin. No entanto, ela observou que a situação geopolítica mudou: “Agora para a Rússia o momento também não é o mesmo de anos atrás, já que a Rússia tem outras prioridades como a Ucrânia”.
Magnotta concluiu que a Síria enfrenta não apenas desafios internos, mas também um novo contexto internacional: “O mundo de agora não é o mesmo mundo de dez anos atrás”. Essa mudança no cenário global adiciona mais uma camada de complexidade à já delicada situação do país.
Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais.