A Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução que prevê a realização de uma conferência internacional para discutir a Solução de Dois Estados — essa medida diz respeito à convivência pacífica entre um Estado palestino e um israelense.
Segundo o documento, o encontro deve acontecer entre 2 e 4 de junho de 2025 em Nova York — onde fica a sede da ONU. Antes disso, em maio de 2025, uma reunião preparatória será realizada.
A votação da resolução aconteceu na terça-feira (3) e teve 157 votos a favor. Oito países votaram contra a medida. São eles: Argentina, Hungria, Israel, Estados Federados da Micronésia, Nauru, Palau, Papua-Nova Guiné e Estados Unidos.
Houve sete abstenções, de Camarões, República Checa, Equador, Geórgia, Paraguai, Ucrânia e Uruguai.
O evento para debater a questão do Oriente Médio será chamado “Conferência Internacional de Alto Nível para a Solução Pacífica da Questão da Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados”.
Ao final da conferência, um documento será adotado “para traçar urgentemente um caminho irreversível em direção à solução pacífica da questão da Palestina e à implementação da solução de dois Estados”.
Segundo a ONU, a resolução aprovada na terça também exige que “Israel, a potência ocupante, deve cumprir a lei internacional, incluindo a cessação de todas as atividades de assentamento e a evacuação dos colonos do Território Palestino Ocupado”.
Entenda o conflito na Faixa de Gaza
Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.
Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
A população israelense faz protestos constantes contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.