O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, decretou Lei Marcial nesta terça-feira (3) em uma decisão que reflete as crescentes tensões na península coreana.
Segundo afirmou o professor de Relações Internacionais da ESPM, Alexandre Uehara, ao Bastidores CNN desta terça-feira (3), o contexto internacional e a postura mais severa do atual governo em relação à Coreia do Norte podem ter influenciado esta iniciativa.
Uehara destaca que, desde a campanha presidencial, Yoon tem adotado uma posição mais rígida em relação ao regime norte-coreano.
“A gente percebe que as ações da Coreia do Norte de testes, mísseis, testes militares têm sido constantes. Isso agrava a insatisfação do atual presidente sul-coreano”, explica o especialista.
Mudança na política de aproximação
O professor ressalta que a decisão de Yoon marca uma mudança significativa na política externa sul-coreana.
Governos anteriores, como o de Moon Jae-in, buscavam uma aproximação com Pyongyang, estratégia que não produziu os resultados esperados. “Ele [Yoon] já vinha dizendo que essa situação de relacionamento ou busca de uma aproximação com a Coreia do Norte já tinha chegado no seu limite”, afirma Uehara.
Segundo o especialista, Yoon mencionou a existência de grupos dentro do país que ainda defendiam a aproximação com o Norte, posição com a qual ele não concorda.
Papel dos Estados Unidos
O contexto internacional, incluindo a reação dos Estados Unidos, é considerado um fator importante neste cenário. A Casa Branca expressou preocupação com os acontecimentos, e o presidente Joe Biden entrou em contato direto com Yoon Suk Yeol.
Alexandre Uehara avalia que “o papel neste momento do Biden de conversar ali para tentar também conduzir de uma maneira mais estável a política coreana é importante”.
Esta intervenção diplomática dos EUA pode ser crucial para manter a estabilidade na região, considerando a complexa dinâmica das relações entre as duas Coreias e o papel dos Estados Unidos como aliado histórico de Seul.
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