O exército sírio e aliados enfrentaram um ataque lançado por grupos da aliança das Forças Democráticas Sírias (SDF na sigla em inglês) em vilas no interior do norte do país nesta terça-feira (3), informou a agência de notícias estatal (SANA).
A SDF é uma aliança liderada pelos curdos no norte e leste da Síria que trabalhou com a coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico.
Liderada pela Unidade de Proteção do Povo Curdo (YPG) que conta com combatentes árabes, ela detém um quarto do território sírio, incluindo campos de petróleo e áreas onde cerca de 900 tropas dos EUA estão posicionadas.
A Turquia, vizinha do norte da Síria, considera a YPG e a SDF grupos “terroristas”.
Entenda o conflito na Síria
A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.
O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.
Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.
Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.
A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.
Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.
Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, segundo a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.