Uma fonte da força de paz da ONU no Líbano (Unifil) afirmou que Israel violou o acordo de cessar-fogo com o Hezbollah “aproximadamente 100” vezes desde que este entrou em vigor na semana passada.
Israel tem disparado contra o Líbano quase diariamente desde o início da suspensão de hostilidades na última quarta-feira (27), de acordo com relatos libaneses e declarações dos militares israelenses.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmam que têm agido para impedir as tentativas do Hezbollah de se reagrupar no sul do Líbano, em violação do acordo de 2006 que pôs fim às hostilidades entre os dois países.
A CNN pediu comentários às FDI, mas ainda não recebeu resposta.
Entenda os conflitos no Oriente Médio
No final de novembro, foi aprovado um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. Isso acontece após meses de bombardeios do Exército israelense no Líbano.
A ofensiva causou destruição e obrigou mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. Além disso, deixou dezenas de mortos no território libanês.
Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e, portanto, inimigos de Israel.
A expectativa é que o acordo sirva de base para uma cessação das hostilidades mais duradoura.
Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.
Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva de Israel, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.
Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.
Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.