Um recente ataque russo com drones deixou pelo menos três feridos em Kiev, capital da Ucrânia, danificando um prédio no centro da cidade. O exército ucraniano afirma ter derrubado 36 dos 89 drones lançados durante a noite, enquanto o Ministério da Defesa russo alega ter destruído 22 drones ucranianos.
Esse ataque faz parte de uma escalada no conflito, com a Rússia lançando um número recorde de drones contra a Ucrânia na última terça-feira (26). O impacto desses ataques tem sido significativo, interrompendo o fornecimento de energia em grande parte da região ocidental de Ternopil e atingindo prédios residenciais na região de Kiev.
Estratégia de guerra psicológica
A analista de Internacional, Fernanda Magnotta, que recentemente retornou da Ucrânia, explicou sobre a estratégia russa durante o CNN 360°. Segundo ela, o uso intensivo de drones, conhecidos localmente como “Shahed”, tem um duplo propósito, primeiro causar danos físicos e manter um estado de tensão permanente entre a população ucraniana.
“Os drones permitem que a Rússia coloque em tempo permanente o ucraniano em alerta, lembrando que ele está em guerra, ainda que não esteja num campo de batalha”, explica Magnotta.
Essa tática de guerra psicológica visa exaurir a população, afetando sua produtividade e potencialmente influenciando a opinião pública em relação ao governo ucraniano.
Impacto no cotidiano ucraniano
A analista destaca que os ataques, principalmente noturnos, forçam os cidadãos a passar horas em abrigos, afetando seu sono e rotina diária. “As pessoas às vezes passam noites inteiras em abrigos, em shelters, em bunkers, sem dormir, porque é quando os ataques acontecem e depois no dia seguinte tem que trabalhar”, relata.
Magnotta ressalta que o conflito vai além da disputa territorial, envolvendo questões de identidade e pertencimento. A complexidade da situação coloca o governo ucraniano em uma posição delicada, buscando equilibrar as negociações de paz com as expectativas da população e do exército.
A escalada do conflito e o uso contínuo de drones evidenciam uma nova fase na guerra, onde a tecnologia desempenha um papel crucial não apenas na destruição física, mas também na guerra psicológica e na manutenção de um clima de tensão constante.
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