A Justiça de São Paulo mandou arquivar um inquérito envolvendo Dimas Cândido de Oliveira Filho, ex-atleta da categoria de base do Corinthians. A Polícia Civil investigava a morte de uma jovem de 19 anos, que morreu depois de uma relação sexual com o jogador.
A decisão foi homologada na última sexta-feira (25). O Ministério Público de São Paulo pediu o arquivamento do caso na quarta-feira passada (23), com base no relatório final da polícia assinado pela delegada Jaqueline Rose.
O Ministério Público concluiu que não há indícios de que Dimas teve intenção de machucar a vítima. “Os elementos dos autos não demonstram que Dimas tenha, mediante sua conduta, assumido o risco da morte de Lívia”, apontou Leonardo Dantas Costa, da Promotoria de Justiça do Júri da Capital.
Em nota, o advogado de Dimas, Tiago Lenoir, afirma que a justiça foi cumprida.
“Desde o início do inquérito policial, trabalhamos pela busca da verdade e fornecemos todo suporte necessário para essa exaustiva investigação. Após extensa análise de provas, depoimentos e laudos periciais, o Ministério Público reconheceu a inexistência de qualquer indício de crime doloso contra a vida. A fatalidade foi definitivamente demonstrada, e o arquivamento do inquérito se fez necessário para que a justiça fosse cumprida”, diz o defensor em nota.
O atleta pertencia ao Coimbra, clube de MG, e estava emprestado para o Corinthians na época do caso. Atualmente, Dimas joga no Avaí, clube de Florianópolis, em Santa Catarina.
Relembre o caso
A jovem de 19 anos morreu durante um encontro com o jogador Dimas Cândido de Oliveira Filho, de 18 anos, do sub-20 do Corinthians. O caso aconteceu na noite de 30 de janeiro deste ano, no apartamento do jogador, na zona leste de São Paulo. Segundo o pai da moça, ela tinha um corte de cerca de cinco centímetros na região genital.
A defesa do jogador diz que a relação sexual entre eles foi consensual.
Em depoimento na delegacia, Dimas afirmou que conheceu a garota pelas redes sociais e que eles marcaram um encontro no apartamento dele. Segundo ele, foi a primeira vez que se viram.
O atleta afirmou que eles não beberam e nem consumiram nenhum entorpecente e que, durante o ato sexual, a jovem teria desmaiado. Ele teria visto sangue na região íntima dela e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que orientou que ele realizasse massagem cardíaca na garota até a chegada da ambulância.
Após isso, Dimas foi junto com o resgate até o hospital e os familiares da jovem foram avisados por uma enfermeira do Samu de que precisavam ir até o local.
No hospital, os médicos disseram à família que a moça tinha sofrido três paradas cardiorrespiratórias e que havia perdido muito sangue, mas que tinham conseguido estabilizar seu quatro e estancar o corte. Porém, algum tempo depois, ela sofreu mais uma parada, que a levou a óbito.
O pai da garota afirma que conversou com o médico, que não soube informar se o corte que ela tinha na vagina teria sido provocado pelo atrito do ato sexual ou por algum objeto.
Em nota, o Sport Club Corinthians Paulista afirmou estar ciente dos acontecimentos, que aguarda a investigação dos fatos e que está à disposição para colaborar com as autoridades e as famílias.