A capital de Moçambique, Maputo, ficou tensa nesta sexta-feira (25) após protestos ocorridos na quinta-feira em resposta ao partido governante do país, a Frelimo, reter o poder nas recentes eleições gerais – uma medida que estende seu governo de cinco décadas no estado da África Austral.
A oposição acusou o partido governante de fraude e, em protesto contra os resultados das eleições, manifestantes barricaram ruas e incendiaram pneus. A situação continua tensa, com destroços espalhados pelas ruas.
Daniel Chapo, 47, da Frelimo sucederá o presidente Filipe Nyusi para se tornar o quinto presidente de Moçambique desde que o país conquistou a independência de Portugal em 1975. Nyusi está deixando o cargo após cumprir o máximo de dois mandatos.
De acordo com a comissão eleitoral, Chapo garantiu mais de 70% dos votos anunciados na quinta-feira (24). Seu concorrente mais próximo, Venancio Mondlane, apoiado pelo partido Podemos, ficou em segundo lugar com 20% dos votos. Isso deslocou o antigo movimento rebelde Renamo, que era o partido oficial da oposição, mas cujo candidato ficou em terceiro lugar nesta eleição.
Mondlane, que tem influência significativa entre os jovens eleitores do país e insiste que é o verdadeiro vencedor da eleição, convocou protestos em todo o país na quinta e nesta sexta-feira.