Com personalidade irreverente, figura predominante na cultura popular e esportiva brasileira nos anos 90, o ex-boxeador José Adilson ‘Maguila’, morto nesta quinta-feira (24), aos 66 anos, proporcionou diversas situações inusitadas ao longo dos anos.
O ex-pugilista, que foi servente de pedreiro, depois motorista e por fim segurança, todas atividades antes de começar os treinos de boxe, conseguiu escapar do alistamento militar de maneira inusitada.
“Quando mandavam eu correr, eu parava; quando mandavam parar, eu corria. O médico veio examinar minha boca e eu mordi a mão dele. Começaram a achar que eu era louco”, disse Maguila durante entrevista a Jô Soares.
O jornalista Renato Lombardi relembrou, em um texto publicado em 2018, quando Maguila sofreu uma tentativa de assalto em Guarulhos e, durante entrevista na delegacia, convocou um ‘desafio’ aos assaltantes para uma luta limpa no ringue, onde ele usaria apenas os punhos.
Em 2009, Maguila se envolveu em uma confusão com um segurança em São Paulo por ter sido impedido de entrar no Parque Ecológico do Tietê. Na versão do lutador, xingaram-no de analfabeto e ameaçaram-no com uma faca; por isso, agrediu o vigilante para se defender.
Outro momento de destaque foi quando participou de um debate em rede nacional, sobre se a homossexualidade devia ser considerada doença, e respondeu à homofobia de um pastor envolvido no debate.
“Não é uma doença, ele [gay] já nasceu com esse ‘dom’ de transar com homem. Quando Deus põe um filho dele na terra, todos temos um destino. A gente não pode ser contra”, apontou o ex-pugilista.