Grandes explosões atingiram os subúrbios ao sul de Beirute na noite desta segunda-feira (21), enquanto as autoridades disseram que quatro pessoas foram mortas em um ataque israelense perto do principal hospital público da capital libanesa.
Uma criança e três adultos foram mortos e outros 24 ficaram feridos em um ataque de Israel perto de um hospital público em Beirute, disse o Ministério da Saúde Nacional em um comunicado. A instalação é considerada o maior hospital público do Líbano.
A CNN entrou em contato com as Forças de Defesa de Israel (FDI) e aguarda retorno.
A campanha de Israel no Líbano deslocou mais de 1,2 milhão de pessoas no país, de acordo com autoridades libanesas.
Israel diz que pretende expulsar os combatentes do Hezbollah da região da fronteira para que dezenas de milhares de israelenses possam retornar às casas que foram forçados a fugir no ano passado devido ao fogo transfronteiriço do Hezbollah em solidariedade aos palestinos durante a guerra em Gaza.
Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º de outubro marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã, conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.
No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto pelo Exército israelense no dia 16 de outubro, na cidade de Rafah.
O que se sabe sobre o ataque do Irã contra Israel
Com informações da CNN.