A vice-presidente dos Estados Unidos e candidata à Presidência, Kamala Harris, deu um passo ousado em sua campanha ao conceder sua primeira entrevista à Fox News, um canal conhecido por sua orientação conservadora.
Esta movimentação estratégica visa conquistar eleitores republicanos insatisfeitos com Donald Trump, bem como independentes e indecisos.
Segundo avaliou a analista de Internacional Fernanda Magnotta durante o CNN 360° desta quinta-feira (17), essa abordagem faz parte de uma tendência entre os candidatos de “sair da zona de conforto” nesta fase da campanha.
Harris não busca converter eleitores ferrenhos de Trump, mas sim atrair aqueles que podem estar frustrados com a direção atual do Partido Republicano.
Mudanças no cenário político republicano
Magnotta destaca que desde 2016, a ala mais radical do partido, conhecida como “MAGA”, passou de minoritária a dominante no mainstream republicano.
Isso resultou em um ressentimento entre os republicanos tradicionais, com alguns declarando que não participarão da eleição ou até mesmo apoiarão Harris.
A campanha de Harris tem explorado esse cenário, buscando o apoio de figuras proeminentes do Partido Republicano. Alguns desses líderes participaram da convenção do Partido Democrata, enquanto outros têm realizado eventos de campanha ao lado da vice-presidente.
Foco nos estados-pêndulo
A estratégia de Harris concentra-se especialmente em estados-chave como a Pensilvânia. De acordo com Magnotta, o cálculo da campanha é que para vencer a eleição, Harris precisa conquistar a “muralha azul”, que inclui três dos sete estados-pêndulo: Pensilvânia, Wisconsin e Michigan. Com a vitória nesses três estados, Harris atingiria os 270 votos necessários no colégio eleitoral.
A analista ressalta a complexidade do cenário em estados como a Carolina do Norte, considerado um “Swing State”.
Apesar de uma tendência republicana nas pesquisas, o estado possui uma significativa população negra, tradicionalmente mais alinhada aos democratas. No entanto, mudanças demográficas recentes, com a chegada de migrantes internos, têm alterado a dinâmica eleitoral.
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