A Polícia Federal instaurou nesta segunda-feira (14) o inquérito que vai investigar a infecção de ao menos seis pacientes por HIV após transplantes no Rio de Janeiro.
Na sexta-feira (11), o Ministério da Justiça já havia informado que a PF entraria no caso. A abertura do inquérito foi confirmada pela CNN com a Polícia Federal.
Com o início deste inquérito, os investigadores devem colher depoimentos de testemunhas, de representantes do laboratório responsável e dos pacientes infectados. Não há previsão de datas.
A falha teria ocorrido em um laboratório responsável por exames de detecção do vírus. Segundo as apurações, dois doadores teriam feito exame de sangue no laboratório PCS Lab, localizado na Baixada Fluminense, e os resultados deram falso negativo. Com isso, os receptores foram infectados.
O laboratório PCS Lab Saleme disse nesta sexta-feira (11) que instalou uma sindicância interna para apurar as responsabilidades.
Em nota, a empresa afirma que dará “suporte médico e psicológico” aos pacientes infectados e seus familiares e que está à disposição das autoridades para a investigação sobre o caso.
O laboratório afirmou que o caso é “um episódio sem precedentes na história da empresa, que atua no mercado desde 1969”.
Segundo apurou a CNN, os infectados já estão cientes e os órgãos de outros 288 doadores estão passando por nova testagem no estado.
O Ministério da Saúde solicitou a interdição cautelar do laboratório PCS Lab Saleme após as denúncias. Além da interdição, o ministério determinou que todos os testes de doadores de órgãos sejam realizados exclusivamente pelo Hemorio utilizando o teste NAT e ordenou a retestagem do material dos doadores do laboratório sob investigação.
O ministério também determinou que o grupo de pacientes receptores de transplantes de órgãos dos doadores infectados, bem como seus contatos, recebam total atendimento especializado.