O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse que não espera caos de seus apoiadores ou atores estrangeiros no dia da eleição, mas argumentou que o “problema” maior é o “inimigo interno” e os “lunáticos radicais de esquerda”.
Em uma entrevista com Maria Bartiromo, da Fox News, Trump foi questionado se ele espera “caos” no dia da eleição após o Departamento de Justiça prender e indiciar um cidadão afegão por supostamente planejar um ataque terrorista no dia da eleição norte-americana.
“Não, eu não acho — não do lado que vota em Trump”, disse o ex-presidente em uma entrevista que foi ao ar no domingo (13) no “Sunday Morning Futures”.
Trump, cujos apoiadores invadiram o Capitólio em 6 de janeiro de 2021, em uma tentativa de frustrar a certificação do Congresso de sua derrota eleitoral em 2020, argumentou que a maior ameaça no dia da eleição são as “pessoas doentes” do país.
“E acho que isso deveria ser facilmente resolvido, se necessário, pela Guarda Nacional, ou se realmente necessário pelos militares, porque eles não podem deixar isso acontecer”, acrescentou.
A campanha da vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, condenou os comentários de Trump sobre o envio da Guarda Nacional contra pessoas no país, dizendo que eles deveriam “alarmar todos os americanos”.
“Donald Trump está sugerindo que seus compatriotas americanos são piores ‘inimigos’ do que adversários estrangeiros, e ele está dizendo que usaria o exército contra eles”, disse o porta-voz de Harris-Walz, Ian Sams, em uma declaração.
“O que Donald Trump está prometendo é perigoso, e devolvê-lo ao cargo é simplesmente um risco que os americanos não podem correr.”