Taiwan relatou ter identificado um porta-aviões chinês se dirigindo ao sul da ilha neste domingo (13), enquanto militares chineses divulgaram um vídeo dizendo estarem “prontos para a batalha”.
A China, que vê Taiwan como parte do seu território, critica o presidente do país, Lai Ching-te, que descreve como um “separatista”, e as forças militares chinesas regularmente fazem operações ao redor da ilha.
Na semana passada, Lai afirmou que a República Popular da China não tem nenhum direito de representar Taiwan, mas que a ilha está disposta a trabalhar com Pequim para enfrentar desafios como a mudança climática, usando um tom ao mesmo tempo conciliador e duro, que gerou reação negativa da China.
O ministro de Defesa de Taiwan disse, em comunicado, que o grupo naval chinês liderado pelo porta-aviões Liaoning adentrou as águas próximas do canal de Bashi, que conecta o mar do sul chinês ao Pacífico e separa Taiwan das Filipinas.
Ele destacou que o grupo com o porta-aviões deve entrar no Pacífico Ocidental.
As forças armadas taiwanesas estão atentas aos desenvolvimentos e “exercitando um nível apropriado de vigilância e de resposta”, acrescentou a nota, sem oferecer detalhes.
“Preparado e aguardando”
Mais cedo no domingo, o Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular, que tem responsabilidade por uma área que inclui Taiwan, divulgou um vídeo de propaganda em suas contas de mídia social intitulado “totalmente preparado e aguardando o momento antes da batalha”.
Ele mostrou caças e navios de guerra operando juntos, lançadores de mísseis móveis sendo colocados em posição e veículos de assalto anfíbios, com um pequeno mapa de Taiwan incluído em um dos caracteres chineses que compõem o título do vídeo.
A China não descartou o uso da força para colocar Taiwan sob seu controle.
O Ministério da Defesa da China não respondeu às tentativas de contato da Reuters. O Escritório de Assuntos de Taiwan da China não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.