Ao menos 41 pessoas, incluindo 13 crianças, foram mortas por ataques israelenses na Faixa de Gaza neste domingo (13), de acordo com hospitais.
Ao menos 22 pessoas foram mortas em ataques israelenses na escola Al Mufti, no campo de refugiados de Nuseirat, em Gaza, pontuaram autoridades dos hospitais Al Awda e Al Aqsa.
Mais de 5 mil pessoas deslocadas estão abrigadas na escola da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), de acordo com a defesa civil de Gaza.
Entre os mortos estava pelo menos uma criança, que foi levada ao hospital com ferimentos, mas morreu logo após equipes médicas tentarem salvá-la, segundo o hospital Al Aqsa.
“A situação é muito difícil na escola Al Mufti, com um grande número de mártires [mortos] e feridos”, disse Khaled Abu Zaher, um paramédico à CNN, acrescentando que a área é classificada como uma zona segura, de acordo com o Exército israelense.
Mortes no centro e no norte de Gaza
Enquanto isso, no norte de Gaza, cinco crianças foram mortas em um ataque aéreo israelense enquanto jogavam bolinhas de gude no campo de Al Shati, de acordo com o hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza.
Imagens vistas pela CNN mostram crianças sangrando no rosto enquanto são transportadas para o hospital. Um vídeo mostra as cinco crianças falecidas envoltas em mortalhas enquanto familiares se despedem.
Outro vídeo mostra uma criança sobrevivente chamada Rakan em uma cama de hospital.
“Estávamos jogando bolinhas de gude”, diz o menor de idade.
Mais cedo, no campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza, oito membros de uma família — incluindo seis crianças — foram mortos quando o Exército israelense atingiu uma casa em que estavam abrigados, informou o hospital Al Aqsa.
Outras seis pessoas foram mortas quando um tanque israelense atacou o campo de refugiados de Bureij, disse.
A CNN entrou em contato com o Exército israelense e aguarda retorno.
Entenda o conflito na Faixa de Gaza
Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.
Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
Após cerca de um ano do conflito, a população israelense saiu às ruas em protestos contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.