Mais de 220 pessoas foram mortas no norte de Gaza desde que o exército israelense lançou novos ataques no último fim de semana, de acordo com a Defesa Civil e o Ministério da Saúde de Gaza.
As Forças de Defesa de Israel intensificaram as operações no norte do enclave no sábado (5), visando o que dizem ser a presença renovada do Hamas na região.
Imagens mostram carros virados espalhados por ruas empoeiradas, prédios reduzidos a escombros e moradores palestinos tentando desesperadamente fugir da área — cenas que lembram os primeiros dias da guerra, quando Israel concentrava ataques no norte de Gaza.
Entenda o conflito na Faixa de Gaza
Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.
Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
Após cerca de um ano do conflito, a população israelense saiu às ruas em protestos contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.
Quase toda a população de Gaza foi deslocada em meio à nova ofensiva israelense